O deputado Rosemberg Pinto (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), respondeu às críticas contundentes feitas pelo colega parlamentar Diego Castro (PL) ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) sobre a condução da segurança pública no estado. Em entrevista nesta quarta-feira (30), Rosemberg argumentou que a saída de Jair Bolsonaro (PL) da Presidência da República “abriu oportunidades” para o início de uma estratégia nacional de segurança, e colocou a culpa do aumento nos índices de violência do país no ex-presidente.
“Somente não haveria melhorias na segurança pública se Bolsonaro continuasse como presidente. Durante seu mandato, ao invés de promover paz e harmonia, ele incitou ódio e discórdia. Ele até incentivou conflitos entre diferentes segmentos da sociedade. O presidente Lula está estabelecendo uma política nacional de segurança pública que engloba todos os estados, incluindo a Bahia”, afirmou Rosemberg.
O aliado do governador enfatizou que a “segurança pública deve ser um projeto centralizado na União”, e com o retorno de Lula (PT) à Presidência “existem todas as perspectivas de melhora” na área na Bahia.
“Não é viável tratar da segurança pública a nível estadual. A segurança pública precisa ser um projeto coordenado pelo governo federal, que supervisiona todas as atividades nos estados. Infelizmente, o que estava sendo unificado antes de Bolsonaro foi desmantelado por ele. Portanto, é por essa razão que a segurança pública na Bahia tem um grande potencial de melhoria, uma vez que nos livramos da oposição representada por Bolsonaro.”
Em 2022, a Bahia ocupou o primeiro lugar no ranking nacional de mortes violentas do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O relatório também destacou que, entre as 50 cidades mais violentas do Brasil com população acima de 100 mil habitantes, 12 estão situadas no território baiano. A cidade de Jequié lidera essa lista, com uma taxa de 88,8% de mortes violentas intencionais.
