Quatro parlamentares que fazem parte da base de apoio do presidente Lula assinaram um novo requerimento de impeachment contra ele. Os partidos envolvidos são PSD, MDB e União Brasil, e o documento conta com o apoio de 47 assinaturas, lideradas por deputados do PL, de acordo com informações divulgadas pelo Estadão.
No entanto, é importante ressaltar que esse pedido não possui efeito imediato e precisa da aprovação do presidente da Câmara para prosseguir. Até o momento, Lula já enfrenta pelo menos seis pedidos protocolados que solicitam a sua destituição do cargo.
Conforme noticiado pelo jornal, as assinaturas de parlamentares provenientes de partidos que possuem ministérios reforçam a divisão na base de apoio ao governo. Mesmo com PSD, MDB e União Brasil ocupando nove ministérios, as bancadas desses partidos têm votado contra os interesses do governo na Câmara. O Palácio do Planalto busca resolver esse problema de falta de fidelidade.
No pedido de impeachment, os parlamentares argumentam que Lula cometeu crime de responsabilidade ao afirmar que a Venezuela é vítima de “narrativas” criadas por opositores, ao receber o presidente venezuelano Nicolás Maduro no Brasil e ao indicar seu advogado Cristiano Zanin para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre os parlamentares da base de Lula que apoiam o impeachment, encontram-se Sargento Fahur (PSD-PR), Delegado Palumbo (MDB-SP), Thiago Flores (MDB-RO) e Rodrigo Valadares (União-SE). O partido PSD é responsável pelos ministérios da Agricultura, Pesca e Minas e Energia; o MDB comanda os ministérios do Planejamento, Cidades e Transportes; e o partido União Brasil é responsável pelos ministérios das Comunicações, Turismo e Integração e Desenvolvimento Regional.
Até março de 2023, a Câmara já havia registrado seis pedidos de impeachment contra o presidente Lula.
