Durante a inauguração do Centro de Anemia Falciforme, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) criticou na manhã desta segunda-feira (13), a antiga gestão do governo Jair Bolsonaro (PL) que, segundo o chefe do Executivo estadual, “tinha a capacidade de omitir as pessoas que eram acometidas por essa doença [anemia falciforme], através das fake news”.
“Foi um tempo de fake, um tempo de mentira, para que nós, povos tradicionais, tivéssemos sidos excluídos de um conjunto de políticas públicas”, criticou o gestor estadual.
O titular do Palácio de Ondina também usou o seu momento de fala para enaltecer a resistência dos povos tradicionais e quilombolas na luta para manter o acesso à saúde pública nas gestões anteriores.
“Foi preciso ao longo do tempo a resistência de muita gente, nos quilombos, nas aldeias e nas comunidades. Nesse período, nós não tínhamos médicos negros, nem médicas e nem muita gente na área de saúde, porque a gente não acessava as universidades”, destacou. “Então, ficavam nas pesquisas e nas mãos de muitas pessoas não negras, omitindo a gente de um espaço de tratamento, um direito do povo negro”, disse Jerônimo.
Ainda na sua fala, o governador afirmou que “essa é uma doença que acomete miscigenação, mas é o povo preto que sofre com essa doença”, enfatizou.
Jerônimo também aproveitou a oportunidade para homenagear a ex-prefeita Rilza Valentim, do município de São Francisco do Conde, que morreu aos 51 anos, vítima da doença.
“A homenagem que a gente faz aqui a ex-prefeita Rilza Valentim, repito, que não é por conta dela ter morrido da doença, é pela coragem e inteligência dela. Pela coragem de às vezes, com pouca gente, ou sozinha, botar orçamento público do município. Emprestar a sua vida para ter a coragem de dizer que tem a doença”, reforçou o governador.
O novo Centro de Anemia Falciforme contou com um investimento de R$ 9,5 milhões e vai atuar como referência de atendimento aos portadores da doença. A unidade funcionará no bairro do Garcia, em Salvador.
